O conhecimento do manejo de cobertura do solo na agricultura brasileira vem sendo passado de geração para geração. Muitos tratam até como uma questão de lógica, o que não deixa de ser. Mas, existem estudos que explicam e complementam essa tradição.
O Brasil é o que chamamos de celeiro do mundo. Além de disponibilidade hídrica abundante, possuímos condições climáticas e de solo que propiciam a produção de grande parte das culturas produzidas. Mesmo assim, o cuidado com o solo é primordial.
Hoje, vamos abordar um pouco dessa tradição explicando o porque o procedimento é adotado, além de dar algumas dicas importantes que você pode aplicar no manejo de cobertura do solo para ter resultados melhores.
Solo: O que acontece
Agora, vamos apresentar como funciona a constituição do solo para você entender a importância da cobertura.
O solo é formado por três tipos de sedimentos, Argila (partículas mais pequenas), Silte e Areia (as maiores). São estes os agentes responsáveis pela porosidade do solo, facilitando ou dificultando a passagem de água da superfície até o lençol freático.
Entre as partículas de cada um desses sedimentos, encontram-se espaços, os quais chamamos de poros do solo. Esses recipientes são os responsáveis pelo armazenamento de água.
Até é uma certa questão de lógica, se pararmos para pensar. Os grãos de areia são maiores que o de argila, o que impede um acúmulo de água nestes poros, assim, a água tende a ir diretamente para o lençol freático.
Por esse motivo, solos mais arenosos são menos propícios à plantação de culturas, por não permitir esse acúmulo de água, que é necessário para o desenvolvimento da planta.
Ok, mas onde entra a questão da cobertura do solo?
A cobertura do solo impede a evaporação da água nesses poros, o que facilita e muito a utilização desse recurso por parte da planta. Por isso é de extrema importância um planejamento de rotação com coberturas, principalmente, no período entre safras.
Além disso, mantendo os níveis de evaporação adequados, você permite uma maior concentração de argila no solo, esse é o principal elemento que permite a formação dos poros, tendo em vista que é o contraponto da areia.
Outro ponto importante que deve ser ponderado é que a manutenção desses poros evita o que chamamos de erosão do solo, bem como previne a descompactação deste.
Dicas importantes sobre cobertura do solo
Antes de mais nada precisamos enfatizar nas estações para prosseguir com as dicas.
No Verão, apesar das várias opções de forragem do solo, um fator comum é mais preponderante: Elas não geram tanta matéria seca quanto as culturas de cobertura de estações mais frias.
Nesse sentido, as melhores opções para se apostar são o nabo forrageiro e o centeio. Essas duas culturas possuem resistência a estresse hídrico considerável, além de serem as que mais geram matéria verde nessas épocas mais quentes.
No que tange ao inverno, temos um contraponto, apesar da maior densidade de matéria verde para a cobertura, elas estão sujeitas a congelamento da água e, também, da incidência maior de pragas e doenças, típicas de climas mais gelados.
Por isso, devemos apostar em culturas de cobertura mais resistentes como o milheto e as braquiárias. Com ótima resistência a pestes e doenças e concedem uma considerável massa verde para cobertura.
Mas nada disso tudo adianta se não tivermos um sistema de irrigação que propicie tudo que essas opções de cobertura necessitam. Mas para falar mais sobre isso, te convido a visualizar um texto específico sobre o assunto clicando aqui.
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