A biotecnologia na agricultura tem desempenhado um papel cada vez mais importante, possibilitando melhorias significativas na produtividade e na qualidade dos alimentos.
No entanto, a aplicação da biotecnologia na agricultura também traz consigo riscos e desafios que precisam ser avaliados e gerenciados de forma cuidadosa. Por isso, hoje, vamos mostrar os diferentes tipos de biotecnologia aplicados na agricultura, suas aplicações, benefícios e riscos, regulação existente e as perspectivas futuras.
Tipos de biotecnologia na agricultura
Esse conceito inclui diversas tecnologias, por exemplo, a engenharia genética, a seleção assistida por marcadores moleculares, a produção de organismos geneticamente modificados (OGMs), entre outras.
Inclusive, essas tecnologias permitem a modificação genética de plantas, animais e microrganismos. Em suma, o objetivo é o aumento de potencial, como:
maior resistência a pragas e doenças;
- tolerância a condições climáticas adversas;
- aumento da produtividade;
- melhor qualidade nutricional;
- maior segurança alimentar;
- entre outros.
Aplicações da biotecnologia na agricultura
Entre as diversas aplicações na agricultura, como comentamos acima, talvez a principal delas seja a produção de plantas transgênicas — como a soja transgênica e o milho transgênico, ambos conhecidos aqui no Brasil.
Além disso, a biotecnologia permite a produção de alimentos com maior qualidade nutricional, como o arroz dourado, que é enriquecido com vitamina A.
Ademais, outras aplicações incluem a produção de biocombustíveis, a utilização de microrganismos para a produção de fertilizantes e a seleção assistida por marcadores moleculares. Tudo para conseguir plantas mais produtivas e adaptadas a diferentes condições ambientais.
Riscos da biotecnologia na agricultura
Como mostramos no tópico anterior, os benefícios da biotecnologia são inúmeros, da redução do uso de agrotóxicos, até a melhoria da qualidade nutricional dos alimentos.
No entanto, a aplicação dessa tecnologia na agricultura também apresenta riscos, tais como a contaminação genética de espécies nativas, o impacto sobre a biodiversidade e até questões sobre a saúde humana e animal.
Portanto, é fundamental que a implementação de qualquer técnica seja feita em acompanhamento com um especialista do segmento.
Regulamentação dessas práticas
Além de contar com um especialista, a regulamentação da biotecnologia na agricultura também ajuda a evitar os riscos dessas práticas. Nesse caso, a forma como é feito varia de país para país, mas o objetivo é o mesmo: garantir a segurança alimentar, a proteção do meio ambiente e a saúde humana e animal.
No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é o órgão responsável pela avaliação dos OGMs e outras técnicas de biotecnologia na agricultura.
A CTNBio é composta por diversos especialistas, como biologia molecular, ecologia, agronomia, saúde humana e animal, entre outras. Na prática, esses profissionais avaliam os riscos e benefícios dos produtos da biotecnologia, antes de sua liberação no mercado.
Resumo
A biotecnologia na agricultura oferece inúmeras oportunidades para melhorar a produtividade, a qualidade dos alimentos e a sustentabilidade do sistema agrícola. No entanto, também apresenta riscos que precisam ser avaliados e gerenciados de forma cuidadosa. Por isso, a regulamentação é fundamental para garantir que nenhum dos riscos possam atrapalhar todos os benefícios dessas práticas.
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