Pragas da soja, qual produtor desse grão que nunca teve dor de cabeça com isso?
Mesmo com os avanços tecnológicos e a facilitação da informação de prevenção, muitos produtores ainda não possuem o conhecimento para tratar ou até mesmo evitar esses tipos de pragas.
E o pior, infelizmente elas são corriqueiras e influenciam diretamente no resultado da sua produção. Por esse motivo, o combate a cada uma delas é essencial e imprescindível.
Então, vamos abordar sobre algumas das principais pragas e, ao final, como você pode agir para preveni-las em sua lavoura.
💡 Importante ressaltar que abordaremos de uma maneira geral, pois dependendo da praga o assunto pode ter outras implicações que necessitam de maior explicação.
Principais pragas da soja
Agora, vamos abordar 3 pragas da soja, com características mínimas para que você possa identificar por conta própria e, assim, buscar o melhor tratamento para o seu problema.
1 – Lagarta-da-soja
São identificadas por larvas extensas, em geral com 1,5 cm de comprimento, que vão desde a cor esverdeada — com a cabeça ao final da cauda meio alaranjada —, até o corpo preto com listras brancas — quando há infestação e briga por alimento.
São pragas que se alimentam das folhas, flores e até das vagens da soja.
2 – Lagarta-do-cartucho
Lagarta que pode haver incidência tanto no estágio inicial como no estágio final do crescimento da planta.
São compridas, geralmente medindo cerca de 3 cm de comprimento. No entanto, são mais fáceis de serem encontradas em culturas de coberturas, como o milheto e o trigo. Passando, assim, a se alimentar da soja em seus estágios mais iniciais.
3 – Lagarta-elasmo
Uma praga que acomete a produção de soja nos estágios iniciais, principalmente em regiões quentes. Ela possui resistência muito fraca com altas umidades e frio, por isso, a sua incidência é mais em regiões tropicais, principalmente, no verão.
Quais as estratégias para controlar pragas na cultura da soja?
Existem várias estratégias para controlar pragas na cultura da soja, tanto de forma preventiva quanto corretiva. Aqui estão algumas soluções comuns:
- Rotação de culturas: Alternar culturas a cada safra pode ajudar a interromper o ciclo de vida de pragas específicas, reduzindo sua prevalência.
- Manejo integrado de pragas (MIP): Esta abordagem combina várias técnicas de controle de pragas, como controle biológico, controle cultural, controle químico e monitoramento de pragas para minimizar os danos às plantações e reduzir o uso de pesticidas.
- Controle biológico: Introdução de predadores naturais das pragas, como insetos predadores, parasitoides e patógenos, para controlar a população de pragas de forma natural.
- Controle cultural: Práticas agrícolas que reduzem a atratividade das plantações para pragas, como o plantio em épocas específicas, densidade de plantio adequada e manejo adequado da palhada.
- Uso de variedades resistentes: Desenvolvimento e uso de variedades de soja geneticamente modificadas ou tradicionais que são naturalmente resistentes a certas pragas.
- Monitoramento de pragas: Inspeção regular das plantações para identificar e avaliar a presença e o nível de infestação de pragas, permitindo uma resposta rápida e direcionada, se necessário.
- Controle químico: Uso de pesticidas quando necessário, seguindo as diretrizes de aplicação segura e as recomendações de um especialista para minimizar o impacto ambiental e evitar o desenvolvimento de resistência das pragas.
- Manejo ambiental: Criação de um ambiente favorável para inimigos naturais das pragas, como preservação de áreas naturais próximas às plantações e instalação de habitats artificiais para predadores.
É importante enfatizar que a escolha das estratégias de controle de pragas deve ser feita com base em uma avaliação cuidadosa das condições locais, considerando fatores como tipo de praga, estágio de desenvolvimento da cultura, impacto ambiental e econômico, entre outros.
A irrigação como aliada no combate de pragas na soja
Com um sistema de irrigação, você pode fazer aplicação de inseticidas diluídos em água e de forma proporcional em toda a lavoura.
Outra questão importante: a maioria das pragas aparece em climas quentes e secos. Portanto, mantendo a umidade relativa do solo e do ecossistema da lavoura, você diminui consideravelmente a incidência dessas pragas na soja.
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