A agricultura de conservação é um conceito que se baseia no uso de técnicas de preservação do solo e do meio ambiente, ao mesmo passo em que aumenta a produtividade e reduz custos.
Sendo assim, essa prática está se tornando cada vez mais popular no mundo todo e influenciando o cenário brasileiro aos poucos. Afinal, muito se busca por uma solução sustentável para a produção de alimentos.
Agora, vamos conhecer em mais detalhes sobre a agricultura de conservação:
Benefícios da agricultura de conservação
Um dos principais benefícios da agricultura de conservação é a melhoria da “saúde” do solo. Isso porque as técnicas utilizadas nesta prática reduzem a erosão, aumentam a fertilidade e a atividade biológica na terra.
Ou seja, tudo isso melhora a retenção de água, o que promove um solo mais saudável e as culturas se tornam mais resistentes a pragas e doenças. Isso faz da agricultura de conservação, também, uma prática que aumenta a produtividade, reduz a dependência de insumos químicos e, consequentemente, diminui os custos.
Agora, do ponto de vista ambiental, a agricultura de conversação reduz a poluição dos recursos hídricos, uma vez que as técnicas utilizadas ajudam a reduzir o escoamento de nutrientes e pesticidas para rios e lagos.
Por fim, contribui para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, pois as práticas de conservação ajudam a capturar e armazenar carbono no solo.
Técnicas de agricultura de conservação
Existem várias técnicas utilizadas na agricultura de conservação e uma delas, bem conhecida, é o plantio direto. Isso ajuda a reduzir a erosão do solo e a preservar a camada superficial, onde a maior parte dos nutrientes e da atividade biológica estão concentrados.
Outra técnica é a rotação de culturas, que reduz a incidência de pragas e doenças específicas, além de manter a fertilidade do solo.
O uso de cobertura vegetal (forrageiras) também é uma técnica importante na agricultura de conservação, pois atua contra a erosão do solo, na preservação da biodiversidade e no aumento da fertilidade.
E, claro, o controle biológico, que consiste em utilizar organismos vivos, como insetos benéficos, para controlar pragas e doenças nas culturas. Essa técnica é mais sustentável do que o uso de pesticidas químicos, que podem ser prejudiciais ao meio ambiente.
Desafios e limitações da agricultura de conservação
Embora a agricultura de conservação traga muitos benefícios, ainda há obstáculos e limitações a serem enfrentados aqui no Brasil. Um dos principais desafios é o financeiro e tecnológico.
A implementação das técnicas de agricultura de conservação demandam um investimento maior do que a agricultura convencional. Somado a isso, o fato de que os agricultores muitas vezes não têm acesso às tecnologias necessárias para implementações, assim como a falta de conhecimento sobre as práticas de agricultura de conservação.
Outra limitação é a resistência dos produtores e das indústrias ligadas à produção agrícola convencional. Parte dessas pessoas estão acostumadas com as práticas convencionais e podem resistir à mudança.
Por que a irrigação beneficia a agricultura de conservação?
Se você quer implementar a agricultura de conservação em sua propriedade, comece pelo básico: a irrigação. Essa prática também se enquadra entre as técnicas utilizadas, porque:
- Reduz a erosão do solo: permite que o solo retenha mais umidade, reduzindo a erosão causada pela chuva e pelo vento.
- Aumenta a matéria orgânica do solo: aumenta a produtividade das culturas, o que significa que mais matéria orgânica é adicionada ao solo através das raízes das plantas.
- Conserva a água: pode ser usada de maneira estratégica para conservar a água. Por exemplo, a irrigação por carretel, que diminui a evaporação e o desperdício de água.
- Reduz o uso de agrotóxicos: ajuda a reduzir a necessidade de aplicação de agrotóxicos, uma vez que as plantas saudáveis e bem irrigadas são menos suscetíveis a doenças e pragas.