Entender e aplicar corretamente a alimentação e pastagem para gado de corte é essencial para que o ciclo produtivo seja eficiente e a carne tenha a qualidade desejada pelo mercado consumidor.
Assim, a dieta dos bovinos deve abranger uma quantidade ideal de fibras, proteínas e de energia. Para isso, é necessário entender a alimentação em cada etapa da vida do animal, os tipos de capim ideais, a necessidade de suplementação e, ainda, as condições climáticas do local em que está o rebanho.
Principais exigências nutricionais
Os bovinos de corte passam por 3 fases antes de estarem prontos para o abate e comercialização: cria, recria e engorda. Cada uma dessas fases possuem diferentes recomendações nutricionais, para que assim o gado se desenvolva da melhor forma.
Cria
A fase de cria diz respeito ao período em que o bezerro nasce, até o momento do desmame, sendo durante todo esse tempo o leite materno o alimento básico. Entretanto, por conta das demandas do animal como peso e previsão de desmame, algumas formas de suplementação de vitaminas e sais minerais podem ser muito bem-vindas.
Ao chegar na fase de transição para a alimentação sólida, é importante oferecer ao animal alguns compostos ricos em nutrientes, mantendo o seu desenvolvimento e começando uma adaptação à mudança do alimento.
Recria
A recria diz respeito a todo o período entre o desmame e a fase adulta do bezerro. Nesse momento é importante começar a introduzir os alimentos gradativamente, até que o animal se habitue com a mudança.
A partir do momento que o animal já acostumou com a nova dieta, as principais fontes de nutrientes e base da alimentação do bovino começam a ser as pastagens, mistura mineral e água.
Além disso, caso nessa época haja uma baixa ocorrência de chuvas, a suplementação surge como uma alternativa para manter o ganho muscular, mesmo nos períodos de declínio da qualidade do pasto.
Engorda e terminação
A última fase é conhecida como engorda e terminação, e é justamente a fase em que o gado atinge seu desenvolvimento máximo. Essa etapa começa de fato quando o bovino atinge cerca de 300 kg de peso vivo e uma estrutura corporal bem desenvolvida.
Nesse período o foco da alimentação deve ser buscando o aumento da musculatura e gordura depositada, para que o animal chegue aos 450 kg de peso vivo.
Para isso, existem duas possibilidades: aproveitar ao máximo a pastagem no período chuvoso e suplementar no período de seca. Ou confinar os animais durante a seca, para que recebam a dieta balanceada diretamente no cocho.
Tipos de pastagem para gado de corte
Há diversas espécies de gramíneas que podem ser utilizadas para a alimentação e pastagem do gado de corte. Elas são divididas em três grupos, de acordo com as suas características botânicas, bem como suas capacidades adaptativas e produtivas:
Coloniões
Considerado o preferido dos bovinos, o grupo dos coloniões tem maior capacidade produtiva e alto valor nutritivo, podendo alimentar de 4 a 5 animais por hectare. Além disso, com a irrigação e manejo intensivo, pode ser de até 10 animais por hectare.
Entretanto, para que os coloniões expressem todo seu potencial nutritivo, o solo precisa ser consideravelmente fértil. Além disso, sua taxa de rotação cai durante os períodos de seca, sendo necessária uma maior atenção na alimentação dos bovinos.
Braquiárias
Sendo o tipo de pastagem mais utilizado no Brasil, o grupo das Braquiárias se adapta bem a diferentes climas e tipos de solo. Por conta das suas raízes profundas, são amplamente utilizadas como boa alternativa em solos pouco férteis, além de apresentarem maior tolerância ao frio e à seca.
Tiftons
Excelentes para o pastejo e produção de feno, o grupo das Tiftons são ainda mais produtivas que os coloniões. Tendo alta capacidade adaptativa, elas se dão bem em regiões quentes e são as espécies mais resistentes às geadas.
Além disso, aceitam solos arenosos, argilosos ou mistos, desde que bem adubados, entretanto, não toleram solos encharcados nem ambientes sombreados.
Apoio da fertirrigação na pastagem do gado de corte
A fertirrigação pode ser uma ótima maneira de fornecer nutrientes diretamente às plantas de pastagem, melhorando assim o seu crescimento e produtividade. Ao aplicar fertilizantes junto com a água de irrigação, as plantas absorvem os nutrientes de forma mais eficiente, resultando em um melhor aproveitamento dos recursos e um aumento na qualidade da pastagem. No entanto, é importante realizar uma análise do solo e planejar cuidadosamente a aplicação dos nutrientes para evitar sobrecargas ou desequilíbrios que possam prejudicar o ecossistema do solo.
As principais vantagens da fertirrigação:
- Uso eficiente do fertilizante na lavoura:
- Reduz a necessidade de mão-de-obra:
- Área livre:
- Menor chance de perda:
- Fácil instalação.
Bom dia!
Muito bom!
Tenho lido com frequência os e. mails enviados e recebidos. Estou disposto a irrigar o pasto. Apenas estou esperando a passagem do inverno para alguma atuação. Grato