Você sabia que a maioria dos alimentos produzidos em nosso país vêm da agricultura familiar? Nela, a mão de obra é executada por membros da própria família e o controle da produção se concentra nos pequenos produtores rurais.
Essa modalidade de cultivo pode parecer rudimentar, porém, a verdade é que a agricultura familiar no Brasil tem incorporado diversas mudanças nos últimos anos, em um processo contínuo de reinvenção e modernização. Para compartilhar esse cenário, preparamos um artigo com as principais transformações. Confira!
O que é agricultura familiar?
Para iniciar o assunto, precisamos introduzir alguns dados importantes e explicar o que é agricultura familiar e como ela se caracteriza no Brasil e no mundo. A primeira grande questão envolve a produção, que deve utilizar a mão de obra da própria família e a propriedade não pode ser maior que quatro módulos fiscais.
Em nosso país, a agricultura familiar foi reconhecida como profissão pela Lei n.º 11.326, de 24 de julho de 2006, que definiu os limites da exploração nas pequenas propriedades. Com isso, os produtores passaram a ter acesso aos programas governamentais, como linhas de crédito, assistência técnica e outros.
Já no cenário mundial, pelo menos 80% dos alimentos produzidos são oriundos de propriedades familiares, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Por esse feito e em reconhecimento da prática da agricultura em família, a ONU estabeleceu uma série de ações para fomentar ainda mais esse setor até 2028.
Como funciona a produção agrícola em família?
O agricultor familiar tem uma relação muito próxima com a terra e com o seu local de trabalho. O manejo do solo costuma ser orgânico, respeitoso para com o ecossistema, de modo a reduzir o impacto no meio ambiente.
Diferente das grandes propriedades, os produtores familiares produzem uma diversidade maior de culturas, impactando positivamente na qualidade dos produtos. Além disso, a produção é mais equilibrada entre os alimentos destinados à subsistência da família e os vendidos ao mercado.
Características do cultivo familiar no Brasil
A agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com produção de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela é responsável por gerar cerca de 10 milhões de empregos.
Em relação à extensão da área explorada, essa modalidade abrange 80,9 milhões de hectares. E, ainda, conforme dados do IBGE, os agricultores de pequeno e médio portes, em sua maioria, são homens (81%), com idade entre 45 e 54 anos.
Além disso, Norte, Nordeste e parte do Sul é onde se concentra a agricultura familiar no Brasil. Os grupos que fomentam essa prática de cultivo no país são formados por indígenas, quilombolas, assentamentos de reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores.
Conheça as principais transformações do setor
Como já dito anteriormente, a agricultura familiar tem ganhado destaque nos últimos anos, com a inovação dos processos, principalmente. A seguir, confira quais transformações ocorreram nessa área de negócio.
Envolvimento com associações e cooperativas rurais
Formar parcerias e mostrar presença no mercado da região é um dos pontos-chave. Diferentemente de tempos anteriores, a consciência de que quem trabalha no meio rural também precisa se envolver com associações e cooperativas rurais para que o negócio progrida está crescendo.
Encontros com outros agricultores proporcionam trocas de ideias sobre práticas mais eficientes, ajuda mútua, além de ofertas de cursos e formações profissionalizantes — essenciais para a evolução do conhecimento — e créditos financeiros — tudo em vista do aumento da lucratividade.
Oferta de treinamento e cursos
Hoje, há inúmeros cursos técnicos que capacitam o trabalhador rural para produzir mais e melhor. O objetivo é torná-los mais qualificados e aptos a competirem no mercado, tendo domínio de conhecimento e consciência sobre desperdício, custos e produtividade, por exemplo.
Aliás, não é só o trabalhador rural que deve ter o esforço de se profissionalizar. Os próprios agricultores que controlam o processo de produção também estão notando a necessidade de aprender novas habilidades de gestão para amadurecer o seu negócio.
Essa mentalidade agrega valor e ajuda a fomentar o setor, além de reduzir a lógica de “êxodo rural” — processo de migração de pessoas da zona rural para a urbana, em muitos casos, por não enxergarem perspectivas de crescimento na agricultura familiar.
Implementação de tecnologia e automação
Isso acontece pela necessidade de aproveitar melhor as pequenas propriedades para produzir em maior quantidade. Ou seja, o produtor está, cada vez mais, apostando em inovações na agricultura para melhorar seus processos, otimizar seu tempo e aumentar sua eficiência.
Um tipo de tecnologia que caiu no gosto dos produtores familiares tem relação com o processo de irrigação, que antes era exclusivo de grandes produções. Os métodos sustentáveis para irrigar a lavoura oferecem eficiência, com aumento de produtividade, redução de custos e melhora da oferta de alimentos.
Entre os sistemas mais comuns estão os semiautomatizados, como o carretel de irrigação. Esse é indicado para quase todos os tipos de cultivos, principalmente aqueles que necessitam de irrigação constante ou que estão em regiões com condições climáticas desfavoráveis para uma boa produção.
Como a Irrigat pode ajudar a inovar o seu negócio?
A Irrigat é uma empresa que fornece soluções de irrigação por carretel para todo o Brasil, trabalhando com três sistemas — IRRIGAT, IRRIGATINHO e ECOIRRIGAT. Eles foram projetados para garantir e aumentar a produtividade de diversas culturas em áreas de até 20 hectares.
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