Tendências do agronegócio para o segundo semestre de 2021

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Transformação alimentar, inovação e sustentabilidade. Todas essas são palavras que estão em alta ao pensarmos nas tendências do agronegócio para o segundo semestre de 2021, e alguns mercados como é o caso do da soja, também passam por momentos interessantes de serem observados.

Por outro lado, entre os desafios a serem ultrapassados está a imagem que o Brasil tem apresentado para o exterior diante da crise sanitária da Covid-19 e das questões ambientais, em especial com a Amazônia. As previsões para carne, leite e milho também apontam altas.

Após um ano atípico para o mundo todo em 2020, o agronegócio ainda que com dificuldades, atingiu um saldo positivo. Mesmo em meio a pandemia, o setor continuou produtivo e chegou a registrar recordes nas safras de grãos.

Os especialistas não hesitaram em afirmar que para 2021 as projeções indicavam safras maiores, mesmo que com um crescimento em ritmo mais moderado. Os estudos e pesquisadores do mercado entraram no ano com uma expectativa de que a safra em 20/21 chegasse aos mais de 265 milhões de toneladas, como apontou, por exemplo, a CNA (Companhia Nacional de Abastecimento).

No primeiro semestre de 2021 os resultados foram positivos e as exportações brasileiras apresentaram crescimento de mais de 35%, e nas importações o crescimento chegou aos 26%. As vendas de café não torrado, soja e algodão bruto influenciaram mais fortemente o aumento das exportações.

Desta forma, as tendências do agronegócio para o segundo semestre de 2021 indicam que com a alta da SELIC e o dólar na casa dos 5 reais, os negócios sejam impulsionados. Além disso, a mudança de comportamento de consumo da China dá sinais de que o país oriental será o maior consumidor de soja brasileira.

No Brasil, os produtores de soja já bateram a marca dos 40% do produto negociado para a próxima temporada, o que deve garantir melhores condições para o planejamento do escoamento da próxima colheita. E a estimativa é de que a safra global bata recorde com a expansão da produção nas Américas, tanto nos Estados Unidos quanto na América do Sul.

Carne

Mesmo ao encerrar o primeiro semestre de 2021 com exportações em queda de 3,2%, segundo a Abrafrigo, a receita da carne bovina teve alta de 4,4% em comparação com o último semestre de 2020. Os analistas apontam que as exportações devem seguir em alta, e os custos de produção também devem ser altos em função do dólar elevado.

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Leite

O preço para os produtores de leite deve continuar alto, com elevação em torno dos 5%. E as exportações seguem fortes acompanhando a elevação do dólar que no primeiro semestre foi responsável pela alta demanda por leite em pó e leite condensado.

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Milho

A estimativa é de que a demanda chegue a 40 milhões de toneladas de milho neste segundo semestre de 2021 – uma procura recorde mesmo com a quebra de safra.

A safra enfrenta dificuldades com o clima e a demanda cresce pelo pico de consumo do setor de ração. A importação do milho virá principalmente da Argentina.

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As questões ambientais seguirão sendo uma forte tendência do setor neste segundo semestre de 2021. Em breve serão realizados grandes eventos como a Cop26. Neles os sistemas alimentares entrarão mais do que nunca nas discussões e as boas práticas em meio ambiente, governança e sustentabilidade são fatores chave para abrir ou fechar portas no mercado internacional.

Em resumo, o ano de 2020 foi desafiador, mas obteve salvo positivo ao seu fim, puxado principalmente pela soja. Em 2021 a expectativa segue de crescimento, porém com os problemas relacionados ao clima as safras serão menores.

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