O último verão trouxe chuvas insuficientes para recuperar a umidade do solo em boa parte do Brasil, deixando um déficit de até 200 mm em regiões como o Pantanal, norte do Mato Grosso, Rondônia e partes da Amazônia, segundo a Agência Brasil. Essa estiagem tem prejudicado o desenvolvimento de culturas como milho, sorgo e algodão, especialmente em áreas do Matopiba, Goiás e Minas Gerais, onde a umidade do solo chegou a níveis críticos, entre 0% e 40%.
No Sul, apesar das chuvas recentes, a situação também preocupa. No Rio Grande do Sul, a soja sofreu com longos períodos de estiagem, em alguns municípios, como Quaraí e Maçambará, foram registradas perdas de 10% e 5%, respectivamente, com lavouras passando até 50 dias sem chuva, conforme dados da Revista Cultivar.
Entre as culturas mais afetadas está o café. A seca prolongada em 2024 comprometeu a floração e reduziu a formação de frutos, pressionando a oferta e elevando os preços no mercado internacional.
Segundo a Reuters e a AP News, a estiagem é uma das piores dos últimos 70 anos, atingindo especialmente São Paulo e Minas Gerais. Pequenos produtores relatam quedas drásticas na produção — de 2.000 para apenas 700 sacas — e o cenário global registra o quarto ano consecutivo de déficit, com alta de quase 25% nos preços futuros e até 70% ao longo de 2024.
No Nordeste, a estiagem vai além do impacto agrícola e afeta a vida cotidiana. Famílias no semiárido têm dependido de caminhões-pipa e cisternas para consumo e irrigação. Lavouras de milho, feijão e mandioca estão reduzidas, enquanto a pecuária sofre com o aumento do custo da ração. A crise hídrica também provocou quedas nos níveis dos rios, prejudicando o transporte hidroviário e a economia local, como destaca o jornal Estado de Minas.
Preparo para enfrentar o cenário na estiagem
Diante desse cenário, a preparação é fundamental. Especialistas recomendam investir em irrigação eficiente, por serem tecnologias que podem elevar a produtividade na propriedade. Também é importante adotar práticas regenerativas de manejo do solo, que aumentam a retenção de água, renovar lavouras antigas e diversificar culturas e janelas de plantio para reduzir riscos climáticos.
No caso dos pequenos produtores, especialmente no semiárido, soluções como cisternas para captação de água da chuva, cultivo de espécies resistentes à seca (como palma forrageira, sorgo e feijão-de-corda) e participação em programas de apoio como o Garantia-Safra e o Programa Cisternas podem fazer a diferença na segurança alimentar e na renda.
Além disso, o uso de ferramentas de monitoramento climático e alertas antecipados, como aplicativos de previsão e sensores de campo, é cada vez mais indispensável para a tomada de decisão rápida.
No âmbito público, políticas que incentivem a pesquisa de variedades resistentes, a construção de barragens e o uso racional da água são essenciais para garantir a resiliência do setor agrícola diante de estiagens que, segundo previsões, podem se tornar cada vez mais frequentes.
Sobre a Irrigat
A história da empresa começou em 1986 com diferentes segmentos, mas a marca Irrigat nasceu em 2012 com sede em Cruzeiro do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, especializada na fabricação de carretéis de irrigação. Seu portfólio inclui três modelos: Irrigat, Irrigatinho e Ecoirrigat — voltados para garantir a produtividade em áreas pequenas e médias.
Em 2023, a empresa ampliou sua capacidade produtiva com a construção de uma nova estrutura fabril, na localidade de São Rafael. Atualmente, conta com mais de cinco mil carretéis em operação, presença em todos os estados brasileiros e atuação em nove países.