Você já teve dúvidas se a sua plantação estava com desnutrição ou era só impressão? A aparência muitas vezes engana, mas é preciso que você saiba fazer essa identificação.
Isso porque a saúde e nutrição das plantas é o pilar do sucesso de uma plantação, afinal a qualidade do produto e a lucratividade dependem disso.
Pensando nisso, trouxemos algumas dicas de como identificar e prevenir deficiências na nutrição mineral das plantas. Confira!
Identificando deficiências minerais
O grande desafio é que as deficiências minerais das plantas podem ser confundidas com outros danos na plantação, como queimaduras de sol, ataque de pragas ou doença ou danos do vento e do frio.
Tudo isso dá uma aparência estranha às plantas, mas não quer dizer que sejam questões nutricionais.
Depois de descartar as possibilidades dos problemas citados anteriormente, é preciso verificar se os sintomas visuais nas plantas estão em todo o cultivo ou somente em pontos isolados dessa área.
Isso porque, se for em pontos localizados, provavelmente não é deficiência nutricional. Nesse caso, o mais comum é que sejam ataques de insetos ou falta de pulverização em determinada área.
Sinais das plantas
Dois sinais são decisivos para definir que a planta está com deficiência nutricional:
1) Simetria: a falta de um nutriente específico tende a se exteriorizar de forma simétrica, ou seja, de maneira quase igual dos lados esquerdo e direito da planta;
2) Gradiente: observe se o sintoma se concentra nas folhas mais jovens ou mais velhas. Isso porque alguns elementos são “retirados” das folhas mais maduras, mas não chegam até as partes mais novas.
A dica para que a identificação ocorra de forma mais fácil, porém, é fazer uma observação constante!
Ou seja, mantenha uma rotina de acompanhamento diário para que você entenda se são as condições climáticas que afetaram as plantas ou se podem ser mesmo deficiências na nutrição mineral.
Entendendo as origens do problema
Para poder resolver o problema, é importante entender como ele foi originado. Na maioria das vezes, pode-se dividir em dois casos: o sintoma dominante ser clorose ou não. A clorose pode ser identificada quando as folhas apresentam coloração alterada, como verde pálido ou amarelado.
Quando o sintoma dominante é a clorose, pode ser falta dos seguintes elementos e os sinais são esses:
- nitrogênio (N): costuma acontecer nas folhas mais velhas, com descoloração das pontas para a base;
- magnésio (Mg): também acontece nas folhas mais maduras, com clorose internerval;
- enxofre (S): sintomas parecidos com falta de nitrogênio, mas em folhas mais jovens;
- manganês (Mn): sintomas parecidos com falta de magnésio, mas também em folhas mais jovens;
- ferro (Fe): nas folhas mais jovens, mas com clorose quase completa;
- cobre (Cu): a base da planta fica mais amarelo-esverdeada e há uma descoloração amarelada nas nervuras;
- zinco (Zn): aparecimento de zonas de clorose perto da nervura, da base para a ponta.
Se o sintoma dominante não for clorose, pode ser falta desses elementos:
- fósforo (P): mais comum nas folhas velhas, quando as margens e nervuras das folhas ficam arroxeados;
- potássio (K): também comum nas folhas velhas, mas o sinal é pontas e margens secas;
- cálcio (Ca): pontos verdes ou brancos ao longo das folhas;
- zinco (B): listras marrons no comprimento das folhas.
Como garantir a nutrição mineral das plantas
É claro que os sinais visuais que citamos aqui acima são os mais comuns, mas é sempre bom verificar com algum especialista qual é realmente o nutriente faltoso para poder tomar alguma atitude e reverter esse quadro.
A adubação e fertilização do solo é a melhor e mais rápida solução para corrigir esses problemas, mas é melhor ainda quando usada como prevenção. Algumas técnicas modernas, como a fertirrigação, são ainda mais eficazes!
Não deixe de monitorar sua plantação diariamente e garantir a nutrição mineral que as plantas necessitam para crescer com saúde. Boa sorte!