Mitos e fatos sobre a agricultura irrigada

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O consumo de água para a agricultura irrigada sempre foi um fator que gerou bastante embate. Mesmo no Brasil, onde os recursos hidrográficos são tão abundantes, representando mais de 12% das reservas de água doce do mundo, esse ainda é um fator que inibe o crescimento do agronegócio.

No caso específico da agricultura irrigada, que é a maior usuária dos recursos hídricos destinados para o agronegócio, a maior dificuldade que existe é a comunicação do setor com a sociedade.

Para ajudar a sanar as dúvidas acerca do assunto, trouxemos uma lista dos principais mitos e fatos relacionados com a agricultura irrigada.

Mitos e fatos sobre a agricultura irrigada.

  • A agricultura irrigada não deve ser tratada como prioridade: a discussão sobre a atribuição de prioridades para o uso da água e o desprezo pela agricultura irrigada é um mito. Com exceção da hidratação dos animais e do abastecimento (consciente) dos seres humanos, nenhuma atividade é prioridade sobre outra. O correto é favorecer o uso consciente e múltiplo, buscando o desenvolvimento.

Claro que é necessário bom senso, em caso de rios que estão com a disponibilidade comprometida é necessário definir as prioridades. Para isso o estado, por meio de comitês, é o mais capacitado.

  • A agricultura irrigada consome 70% da água doce do planeta: este é um dos mitos mais difundidos. A agricultura irrigada é, sim, a principal usuária da água, porém a quantidade real de uso representa menos do que 0,6% das fontes de água superficiais.

Boa parte da água volta à terra e é revertida em umidade e reciclada pelo planeta em seus ciclos naturais.

  • A agricultura irrigada desperdiça água: a falácia de que o desperdício da agricultura irrigada é a razão da crise hídrica é um mito. Os sistemas de irrigação atuais são altamente eficientes, o que acontece é uma deficiência nos sistemas de canalização e distribuição das águas que são retiradas dos rios e bacias de uma região.

A falta de atenção ao gerenciamento dos recursos hídricos é a principal causa das crises, sejam no campo ou na cidade.

É importante verificar a eficiência aplicada a cada uso específico e gerir o uso consciente das águas não somente na agricultura, mas na indústria, pecuária e no setor elétrico, por exemplo. Além disso, deve-se considerar o fator do impacto ecológico e social.

  • A água volta para o ciclo hidrológico: isto é um fato. Como dito anteriormente, a água utilizada na agricultura irrigada não é desperdiçada: ela volta para o ciclo hidrológico do ambiente. Esse fato, porém, não exclui a necessidade de fazer a gestão dos recursos hídricos.

É preciso garantir a compatibilidade da oferta e demanda dos recursos disponíveis em determinadas regiões.

Esse gerenciamento não deve contar com a água que foi movida, pois mesmo que ela volte para a natureza, a imprevisibilidade de quando e onde ela estará disponível impede seu uso a curto e médio prazo.

O Desenvolvimento estratégico

O desenvolvimento dos setores deve ser pensado de forma estratégica e integrada, buscando fazer o melhor uso dos recursos naturais, de maneira a preservar o meio ambiente em simultâneo ao desenvolvimento que deve se expandir de maneira sustentada.

O manejo hídrico e a agricultura irrigada andam de mãos dadas, assim como a agricultura eficiente e o abastecimento de alimentos para as grandes populações.

 

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