O La Niña é bastante conhecido pelos agricultores mais experientes, afinal, esse fenômeno causa sérias mudanças na temperatura, nos índices pluviométricos, entre outros fatores relacionados ao clima. Essas oscilações podem impactar a produção agrícola em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Dessa forma, o produtor rural precisa estar atento a esse fenômeno para planejar melhor a semeadura e, consequentemente, ter uma boa colheita. Neste post, você vai entender um pouco o que é La Niña e quais são suas consequências para a agricultura.
O que é La Niña?
O La Niña é um dos fenômenos atmosféricos, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico. Esse efeito provoca mudanças sazonais na circulação geral da atmosfera que podem chegar a durar até 12 meses.
No Brasil, o La Niña costuma provocar chuvas intensas na região Nordeste, enquanto no Sul as temperaturas sobem e ocorrem secas frequentes. Apesar de o fenômeno ter um certo padrão, os efeitos podem mudar a cada ocorrência.
Segundo o Climatempo, o La Niña vai causar chuvas abaixo da média em áreas do Centro e Sul do Brasil, entre os meses de maio e de julho de 2022. Entretanto, o fenômeno deve favorecer as culturas de inverno por causa das ondas de frio, caso o agricultor saiba utilizar esse fato A seu favor.
Ainda segundo o Climatempo, os produtores de milho podem sofrer com perdas na lavoura no segundo semestre do ano. Por isso, os agricultores precisam estar atentos quanto aos efeitos do La Niña na produção agrícola.
Quais são os efeitos do La Niña na agricultura?
As oscilações de clima causadas pelo La Niña podem prejudicar fortemente a agricultura, acarretando prejuízos para os agricultores. Isso porque esse fenômeno altera a concentração de chuvas, distribuição de calor, entre outros fatores. Veja a seguir.
Períodos de seca fora da época esperada
As cidades do Sul e Sudeste são afetadas por longos períodos de seca fora da época prevista. Isso prejudica fortemente a plantação, sobretudo devido ao abortamento de flores.
Dessa forma, a soja é uma das culturas mais afetadas. Com isso, todo o planejamento da colheita fica prejudicado do início ao fim, sem contar no prejuízo para toda a cadeia produtiva em torno desse cultivo.
Clima imprevisível
O Centro-oeste do país sofre com instabilidade no clima. Isso significa que a região pode enfrentar estiagem ou chuvas intensas. Dessa forma, o agricultor não tem como prever como estará o clima na região da lavoura quando o fenômeno La Niña ocorrer.
Perdas por inundação
A região Norte, sobretudo a Amazônia, sofre com inundações e cheia de rios na época do La Niña. Por isso, os produtores agrícolas podem perder uma safra inteira. As chuvas acima da média prejudicam o ciclo de plantação de diversos cultivos.
Mesmo após o nível da água diminuir, o solo encharcado pode ficar improdutivo para futuras plantações devido ao aumento da salinidade. Para solucionar o problema, o agricultor terá que realizar a correção do terreno antes de começar uma nova semeadura.
Aumento da incidência de fungos
O excesso de umidade e a falta de sol em algumas regiões favorece o aparecimento de doenças causadas por fungos. Com isso, os produtores agrícolas precisam gastar um valor maior com defensivos agrícolas.
O que os produtores podem fazer durante o fenômeno?
Apesar de as agências meteorológicas preverem quanto tempo dura o La Niña, esse fenômeno pode causar impactos diferentes cada vez que ocorre. Por isso, os agricultores precisam colocar em prática ações que ajudem a mitigar os efeitos antes de ele chegar.
1 – Pesquisar o clima da região da lavoura
É fundamental que o agricultor acompanhe os dados pluviométricos e do clima da região nas safras passadas para fazer um melhor planejamento da semeadura. Com tantas ferramentas tecnológicas, é mais fácil prever as condições climáticas para determinadas épocas, mesmo que os dados não sejam 100% precisos. É importante acompanhar as agências climáticas quanto à chegada do La Niña no Brasil.
2 – Alterar a semeadura do cultivo
Outra solução para o agricultor é fazer o plantio escalonado, ou seja, definir diferentes datas de semeadura de acordo com os dados favoráveis de chuva e temperatura. Se possível, deve-se fazer o retardamento ou adiantamento da semeadura.
3 – Ter um sistema de irrigação
É fundamental que o agricultor tenha um sistema de irrigação na lavoura. Afinal, depender apenas da chuva natural pode impactar severamente a qualidade da safra, porque está cada vez maior a incidência de estiagem não prevista no país.
Além disso, o sistema de irrigação auxilia na padronização da cultura, pois é capaz de irrigar a lavoura de forma uniforme. Outro benefício é a possibilidade de plantar em locais de clima árido ou semiárido. Ademais, é possível aliar a irrigação à fertilização do solo.
4 – Investir em sementes de alta qualidade
Para as regiões nas quais o La Niña costuma provocar estiagem, o produtor agrícola precisa investir em sementes resistentes à seca. A tecnologia agrícola produz sementes de soja capazes de suportar o estresse hídrico com maior facilidade do que as sementes comuns, por meio da transgenia.
5 – Realizar um controle maior das pragas
Com a umidade acima do normal, a lavoura pode sofrer com doenças causadas por fungos. Assim, o agricultor deve tomar medidas para evitar esse problema, como o uso de defensivos agrícolas de maior qualidade e o manejo químico adequado.
Conheça os carreteis de irrigação Irrigat
Como você viu, a irrigação é fundamental para mitigar os efeitos do La Niña nas regiões afetadas pela estiagem fora de época. Por isso, ter um sistema eficiente de irrigação é fundamental para garantir a melhor colheita o ano inteiro.
Para esse processo, conte com os carreteis de irrigação IRRIGAT. Oferecemos dois equipamentos de fácil manejo e instalação: IRRIGAT (até 12 hectares) e IRRIGATINHO (até 5 hectares). Para otimizar o trabalho no campo, também temos à disposição o ECORRIGAT (fertirrigação). Acesse o site e confira!