Muitas pragas agrícolas têm se mostrado resistentes a defensivos agrícolas, algumas por fatores da própria plantação (inexistência de irrigação, pouco controle de pragas, entre outros). Porém, algumas criaram resistência a pesticidas e demais produtos ao longo do tempo. Portanto, hoje iremos mostrar quais são elas, a seguir.
Percevejo Marrom
Vamos começar nossa lista com uma das pragas que dá mais dor de cabeça para os produtores de soja, o Percevejo Marrom (Euschistus heros). Alguns estudos da Embrapa apontam que esse inseto é resistente a combatentes que contenham ativos como o organofosforados e ciclodienos (endossulfam).
O que fazer?
O lado bom é que o Percevejo Marrom não se espalha por toda plantação. Ele vive em pontos localizados que você precisará controlar através do monitoramento de pragas.
Portanto, ao identificar os locais, o indicado é usar inseticidas com ações diferentes do que aqueles próprios para percevejos (que ele já desenvolveu a resistência).
Logo, para fazer o mapeamento da praga e monitoramento da evolução, você pode usar um software de gestão de pragas ou gestão agrícola — muitos possuem o recurso de mapas e controle.
Lagarta-do-cartucho
Agora vamos falar da praga mais conhecida na cultura do milho, a Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), que pode gerar um prejuízo muito grande à plantação quando não controlada.
Em um trabalho realizado pela Embrapa, junto à Universidade Federal do Mato Grosso, a praga demonstrou ser resistente ao Metomil, que é um dos inseticidas mais usados no combate de pragas.
O que fazer?
Para controlar os danos da Lagarta-do-cartucho, a estratégia que se mostra mais efetiva entre os produtores é o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Em suma, essa técnica precisa ser usada com outros tipos de controle no auxílio, como o controle biológico, a rotação de culturas e o uso dos inseticidas.
Helicoverpa Armigera
A Helicoverpa Armigera é problemática pois, além da sua resistência, ela pode estar presente em qualquer tipo de cultura, o que a torna mais comum nas plantações. Inclusive, essa é uma praga relativamente nova, descoberta pela primeira vez aqui no Brasil em 2012.
O que fazer?
Sendo assim, é preciso usar mais de uma técnica, em conjunto, para que o combate a essa praga seja mais efetivo. As práticas mais usadas são o Manejo Integrado de Pragas, rotação de culturas, vazio sanitário e controle químico.
Caruru-palmeri
A última praga da nossa lista é uma planta. Mais comum em culturas de soja, algodão e milho, a Caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) é uma daninha que se espalha muito rápido na plantação, característica que a torna mais forte e resistente a herbicidas.
O que fazer?
Em primeiro lugar, os meios mais comuns de controlar seu avanço é com o manejo de plantas daninhas (que deve acontecer na entressafra), manter o uso de herbicidas e a rotação de culturas.
Conclusão
Depender somente de defensivos não é o suficiente para garantir a segurança da sua plantação contra pragas, principalmente se elas forem uma dessas na lista. Técnicas como Manejo de Pragas e rotação de culturas são exemplos que se mostram muito eficientes nesse combate.
Por outro lado, técnicas que não estão ligadas diretamente ao controle de pragas também ajudam na causa. É o caso da irrigação, que aumenta a eficácia do manejo de pragas ao garantir mais estabilidade na saúde das plantas.
Além disso, a melhora na absorção de inseticidas e herbicidas no colo da planta, preservando as folhas.
Conheça as técnicas de irrigação mais utilizadas no Brasil e comece a pensar em implementar um sistema melhor para a sua propriedade!