A pandemia do coronavírus está afetando diversas cadeias econômicas e produtivas ao nível mundial — e o agronegócio não poderia ser diferente.
Em um primeiro momento, o setor brasileiro chegou a se beneficiar por conta da crise pontual na China, sentindo um ligeiro aumento na demanda pela exportação de carne e produtos agropecuários.
Porém, com o vírus se alastrando pelo mundo e modificando a rotina de cidades e países inteiros, a tendência é que muito em breve ocorram mudanças no consumo, na produtividade e nas vendas. A pergunta que fica é: o que esperar daqui para frente? Qual é a tendência para o setor? Vamos entender esses tópicos!
Produção agropecuária é essencial
Antes de tudo, é importante pontuar que a produção agropecuária é considerada essencial para o abastecimento de alimentos e insumos necessários à população e à manutenção da vida animal.
Ela está listada em decretos de governos estaduais e federal como uma das práticas permitidas durante a pandemia de coronavírus, que impôs restrições a diversos outros setores e atividades. Portanto, produtores rurais não precisam se preocupar em ter de paralisar suas atividades por conta de medidas de quarentena.
Como fica a demanda por alimentos?
Logo no início, com as primeiras notícias sobre a disseminação do Covid-19, houve um aumento repentino na busca por itens de primeira necessidade, como mantimentos e papel higiênico, o que fez muitos itens esgotarem rapidamente nas prateleiras dos supermercados.
Porém, a estimativa do setor é de que esse ímpeto inicial da população para estocar comida amenize logo, normalizando a demanda. Pode haver queda no consumo geral por conta das restrições de convívio social (que afetam restaurantes, bares, cafés etc).
No entanto, apesar desse impacto, espera-se que o agronegócio reduza menos seu nível de produção do que outros setores, porque a necessidade da alimentação é primordial para a população.
E mais: na contramão da expectativa de queda do consumo, fala-se em um aumento na demanda de produtos frescos, como frutas e hortaliças, o que poderia ser resultado da busca por se alimentar melhor e reforçar a imunidade para combater o vírus.
Dólar em alta pode amenizar perdas
Um fator que pode ajudar o setor do agronegócio brasileiro é a alta do dólar, causada pelo impacto do surto de Covid-19 nas Bolsas de Valores do mundo inteiro.
Com o dólar subindo, alguns produtos passam a valer mais (como o milho e a soja, por exemplo), resultando em aumento de rentabilidade. É a esperança de que o agronegócio possa trazer mais dinheiro em meio à crise.
O superávit de alimentos também é uma vantagem do país, que não depende do comércio externo para abastecer a população. Porém, a falta de capacidade de armazenamento de toda a colheita de grãos pode ser um fator preocupante caso as vendas externas caíram.
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Como ficam as exportações?
Em um cenário tão incerto, é difícil prever precisamente o impacto do coronavírus nas exportações do setor agropecuário. Muitos fatores ainda em aberto devem influenciar o rumo dos negócios, como o tempo e a extensão da pandemia e as medidas tomadas.
Porém, segundo a análise de especialistas e entidades que acompanham o comércio internacional, as commodities agropecuárias não devem ser afetadas gravemente. Isso porque as medidas restritivas impostas pelos governos para conter a pandemia são mais focadas na circulação de pessoas do que de mercadorias.
Ajuda do governo pode aliviar pequenas e microempresas
Por fim, medidas tomadas pela União podem ajudar a aliviar o bolso de pequenos produtores rurais impactados pela crise do coronavírus.
Recentemente, o governo federal anunciou o lançamento de linha de crédito especial para apoiar pequenos e micronegócios. Também foram propostas alternativas como negociação com fornecedores, revisão de contratos, antecipação de férias individuais e concessão de férias coletivas para funcionários.
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Conclusão
Sabemos que a situação econômica é instável e gera apreensão no mundo todo. Porém, ao que tudo indica, a agropecuária deve ser um dos setores menos atingidos pela crise.
Para passar por essa fase difícil de forma mais tranquila, a dica é ficar atento às notícias, manter contato com grupos e entidades profissionais de apoio e se preparar para diferentes cenários no futuro.
Continue acompanhando o Blog da Irrigat para saber mais novidades sobre o mundo do agronegócio. Até a próxima!