O que você deveria saber sobre a alta no preço do café!

alta no preço do café

Nos últimos meses, a alta no preço do café tem chamado atenção, tanto para produtores quanto para consumidores. Mas o que está por trás desse aumento? Neste artigo, vamos explicar os principais fatores que influenciam essa oscilação e como o produtor pode se preparar para enfrentar os desafios do mercado.

Fatores que impulsionam a alta no preço do café

1. Clima e condições meteorológicas

O café é uma cultura sensível a variações climáticas. Períodos de seca prolongada, geadas inesperadas e chuvas em excesso podem afetar diretamente a produtividade. O Brasil, maior produtor mundial, sofreu impactos recentes com estiagens e eventos climáticos extremos, reduzindo a oferta do grão. O primeiro semestre de 2024 teve períodos longos de altas temperaturas e secas nas regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo, prejudicando a saúde dos pés de café.

2. Oferta e demanda global

O consumo de café continua crescendo mundialmente, impulsionado pelo aumento da demanda em países emergentes e pelo fortalecimento do mercado de cafés especiais. Com uma produção reduzida devido a fatores climáticos, os preços sobem naturalmente pela menor disponibilidade do produto.

3. Custos de produção

Os insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, têm sofrido aumentos significativos, pressionando ainda mais os custos para o produtor. Além disso, a mão de obra no setor cafeeiro também tem se tornado mais cara e escassa em algumas regiões.

4. Câmbio e mercado internacional

O café é uma commodity negociada em dólar. A valorização da moeda norte-americana frente ao real torna o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo, mas, ao mesmo tempo, impacta os custos internos para os produtores. A alta do dólar torna os preços para exportação mais atrativos, reduzindo a disponibilidade interna e pressionando ainda mais os valores.

Impactos diretos nos preços

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o café atingiu a maior cotação em 28 anos. Os preços do café arábica estão em alta desde 2024, impulsionados pela seca, defasagem cambial e aumento das exportações.

Ele foi o alimento com maior alta de preços no período, chegando a 60,10%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos supermercados, o pacote de 1 kg está sendo comercializado, em média, a R$ 48,57, enquanto em janeiro de 2024 era vendido a R$ 35,09, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

Como o produtor pode se preparar?

Diante desse cenário desafiador, algumas estratégias podem ajudar a minimizar os impactos e aumentar a segurança na produção:

1. Investir em sistemas de irrigação

A estiagem é um dos principais fatores que reduzem a produtividade do café. A adoção de um sistema de irrigação eficiente garante uma maior previsibilidade na colheita, reduzindo perdas e aumentando a produtividade mesmo em períodos de seca.

2. Diversificação e planejamento financeiro

Produtores que diversificam suas fontes de renda, investindo em diferentes culturas ou agregando valor ao produto, como o café especial, tendem a ser menos impactados por oscilações de preço.

3. Monitoramento do mercado e gestão estratégica

Ficar atento ao mercado, buscar informação e trabalhar com travas de preço pode ajudar a reduzir riscos e garantir maior previsibilidade financeira.

O que esperar para o futuro?

O mercado do café continua dinâmico e sujeito a diversas influências. Com a crescente preocupação com mudanças climáticas e sustentabilidade, novas tecnologias e práticas agrícolas sustentáveis tendem a ganhar mais espaço. A irrigação, o manejo adequado do solo e a busca por maior eficiência na produção serão fundamentais para que os produtores mantenham sua competitividade.

Gostou do conteúdo? Então continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre tendências e soluções para o agronegócio!

Leia também em nosso blog:

× Fale conosco aqui